Fiocruz: detecção de bactérias resistentes a antibióticos triplicou na pandemiaResistência antimicrobiana já está entre as principais causas de morte no mundo

A transmissão da bactéria pode ocorrer através do contato próximo entre crianças infectadas e saudáveis. A Strep A também pode ser transmitida pelo ar por meio de tosses e espirros. No atual surto britânico, os focos de transmissão são as escolas, mas análises complementares do cenário ainda são realizadas. Não se sabe o que levou a este surto atípico.

O que a bactéria Strep A pode provocar em crianças?

Para entender, vale explicar que a Strep A é uma bactéria que pode ser encontrada na garganta ou ainda na pele. Muitas pessoas convivem com esse agente infeccioso, sem saber (de forma assintomática), mas podem transmitir para outros indivíduos saudáveis. Eventualmente, estas pessoas recém-infectadas desenvolvem formas graves da infecção. No próprio Reino Unido, a maioria dos casos de Strep A resulta em casos leves, semelhantes aos da gripe (influenza). No entanto, algumas pessoas podem desenvolver escarlatina, doença que provoca manchas vermelhas pelo corpo e tem sintomas também semelhantes ao da gripe, como febre. Ambos os casos podem ser tratados com antibióticos. Mais rararamente, a bactéria também pode provocar infecção invasiva por Streptococcus do grupo A (iGAS), que é potencialmente mortal. Esta doença ocorre quando o agente infeccioso consegue romper com as defesas imunológicas do indivíduo, provocando estes dois principais sinais:

Fortes dores musculares;Febre alta, acima de 38 °C;

Nestes casos, o indicado é que a pessoa — ou a criança pequena — busque ajuda médica em caráter de urgência, o que pode impedir mais complicações do quadro.

Reino Unido discute o que deve ser feito nas escolas com Strep A

Diante da onda de casos da Strep A no Reino Unido, as autoridades de saúde discutem o uso preventivo de antibióticos em escolas que registraram surto da infecção bacteriana (dois ou mais casos associados). Segundo a BBC, o ministro britânico Nick Gibb afirmou que está “é uma opção” em análise. No entanto, é provável que o uso generalizado de antibióticos não seja adotado como regra, já que poderia ter outras complicações, como o desenvolvimento de cepas mais resistentes da Strep A. A solução deve ser individualizada para cada surto, apontam especialistas. Fonte: BBC (1) e (2)