6 boas séries para assistir na Netflix em dezembro de 2022Lançamentos da Netflix em dezembro de 2022
Como a própria sinopse já apresenta, trata-se de uma trama que se passa um milênio antes de Geralt caminhar pelo Continente. No entanto, o fato de ser tanto tempo antes não significa que não vamos ver rostos conhecidos ou fatos que vão repercutir no futuro da série principal. E, com a terceira temporada de The Witcher batendo à porta, parece óbvio que alguns dos pontos apresentados em A Origem vão ser aproveitados na luta de Geralt e Ciri para sobreviver. Mas que conexões são essas? Atenção! Este texto tem spoilers de The Witcher: A Origem. Pare de ler caso não queira saber detalhes da história.
A Conjunção das Esferas
A Conjunção das Esferas é um evento que vem sendo citado desde a primeira temporada de The Witcher. É o evento cataclísmico que forja o mundo da série para a forma como conhecemos, colocando diferentes raças para conviver e ainda infestando os campos e florestas de monstros. O ponto é que nunca foi mostrado como isso aconteceu. No máximo, alguns personagens explicam que a fronteira entre as dimensões se desfez e o que temos hoje é uma grande salada de multiverso. Pois é como isso tudo começou que The Witcher: A Origem apresenta. Esse é o primeiro grande vínculo da minissérie com o seriado principal. Enquanto a Conjunção é algo quase lendário na época de Geralt, aqui vemos os eventos que levaram a isso: como o desespero e a ganância dos elfos fez com que eles explorassem outros universos a ponto de as coisas fugirem de controle. E por que isso é importante? Mais do que ser um evento que reverbera por toda a história, a cena pós-crédito de A Origem mostra um personagem em um momento importante da série principal. Por mais que isso pareça impossível nesse intervalo de 1200 anos, dá a entender que ele descobriu o segredo da viagem no tempo e isso é algo que deve ser aproveitado na nova temporada de The Witcher.
O surgimento dos bruxos
Outro elemento que a minissérie aprofunda e que já tinha sido abordado superficialmente é a origem dos bruxos. O longa animado O Pesadelo do Lobo é onde a gente mais vê os horrores envolvendo todo o processo e como a criação desses guerreiros vem de algo um tanto quanto profano. Na prática, não há muito o que separe os bruxos dos monstros que eles caçam. Isso ajuda a explicar por que todo mundo odeia e teme esses renegados de cabelo branco. Ainda não está claro como isso pode ser útil para o futuro de The Witcher, embora seja possível traçar algumas teorias. A principal delas está no fato de que The Witcher: A Origem mostra que o primeiro bruxo perde o controle de seus poderes e se torna cada vez mais monstruoso — algo que deve servir para mostrar algo parecido no caminho de Geralt e Ciri.
A Caçada Selvagem
O final da segunda temporada de The Witcher já indicou que não vai demorar para que a Caçada Selvagem apareça na série. Para os fãs dos jogos, esse grupo de vilões já são bem conhecidos e vê-los chegar à Netflix é uma ótima forma de explorar esse conceito de dimensões que A Origem apresenta. E, enquanto eles devem ser a grande ameaça que Geralt e Ciri vão ter que enfrentar, a minissérie mostra como eles surgem — ou, pelo menos, planta a semente para isso. No último episódio, a imperatriz Merwyn (Mirren Mack) manda um grupo de elfos explorar outras dimensões em busca de recursos e terras para conquistar. Esse pelotão é liderado por Eredin (Jacob Collins-Levy), que é traído pelo mago Balor (Lenny Henry) e deixado para trás em um universo árido. Assim, preso em uma dimensão totalmente inóspita e desconhecida, sua última cena é recolhendo um crânio do chão e usando como elmo — curiosamente, na mesma forma da máscara usada pela Caçada Selvagem. Então, pode esperar para ver esse personagem retornando no futuro, agora para atormentar o bruxo e sua protegida.
A profecia do fim do mundo
Embora a história de The Witcher: A Origem se passe 1200 anos antes dos eventos que a gente conhece, ela começa na época de Geralt. Afinal, todos os eventos são narrados por uma elfa misteriosa que surge para narrar a História dos Sete para Jaskier (Joey Batey). Segundo ela, a ideia de trazer esse canto de esperança esquecido para os tempos atuais tem a ver com uma profecia de que o último descendente de Éile (Sophia Brown) e Fjall (Laurence O’Fuarain) deve cantar essa história antes do fim do mundo. E, sim, isso dá a entender que o bardo trapalhão é herdeiro desses heróis. Como isso vai repercutir ainda é um mistério, mas é apenas mais uma profecia apontando para o destino de Geralt e Ciri. E, por mais que A Origem seja de uma qualidade bastante questionável, fica evidente que a ideia da Netflix é usar esse prequel para apontar o futuro da série principal.